"Nossa descoberta demonstra as mínimas dimensões que uma estrela pode possuir. Se a massa de EBLM J0555-57Ab fosse um pouco menor, então reações termonucleares não aconteceriam em seu núcleo, o que a tornaria uma anã marrom", explicou Alexander Boetticher, pesquisador da Universidade de Cambridge (Reino Unido) no artigo publicado no jornal Astronomy & Astrophysics.
Todas as estrelas da Via Láctea e de outras galáxias nascem dentro de nuvens firmes de gás e pó quando é iniciado o processo de condensação. Depois, com o tempo, a temperatura e pressão dentro dessas nuvens aumentam muitíssimo, causando o início das reações termonucleares em seu núcleo.
Há muitos anos, astrônomos observam o céu noturno do hemisfério Sul em busca de estrelas menores que irradiam luz pálida.
E a busca deu frutos, pois, recentemente, Alexander Boetticher e seus colegas conseguiram detectar a menor estrela do universo — EBLM J0555-57Ab, localizada na constelação de Escultor a 600 anos-luz da Terra.
Tais estrelas possuem as melhores condições para nascimento de vida.
"As menores estrelas são ideais para buscar sósias da Terra e estudar sua atmosfera. No entanto, primeiramente, é necessário estudá-las e entendê-las detalhadamente", concluiu o pesquisador Amaury Triaud, que recentemente descobriu um sistema planetário único TRAPPIST-1 com sete análogos da Terra.