Os exercícios Malabar começaram em 1992 como exercícios navais conjuntos entre as marinhas da Índia e dos Estados Unidos. Em julho de 2014, o Japão participou das manobras pela primeira vez.
O chefe da força naval norte-americana disse ao jornal The New York Times, sob condição de anonimato, que as manobras são "uma mensagem para a China".
Segundo o especialista militar Aleksei Leonkov, os EUA estão tentando prejudicar as relações entre a China e a Índia.
"Esta interpretação da mídia norte-americana é uma tentativa de piorar as relações e reavivar as tensões que existiam entre a Índia e a China em torno da presença no mar do Sul da China. Durante a última visita de Trump à Índia, foi declarado que estes exercícios terão um âmbito antiterrorista. As manobras são realizadas no oceano Índico, no golfo de Bengala, perto da China. Há quem que beneficie com o aumento das tensões entre a China e a Índia, porque isso poderá provocar divergências no BRICS. Acho que eles não conseguirão fazer isso", explicou Leonkov ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Quanto aos participantes, das manobras tradicionalmente tomam parte a Marinha da Austrália e Singapura, mas este ano a Índia rejeitou o pedido de participação da Austrália. É de sublinhar: foi a Índia quem rejeitou o pedido, não os EUA.
De acordo com o especialista, os marinheiros e militares indianos estão melhorando a qualidade dos treinamentos, demonstrando alguma superioridade sobre as invencíveis forças armadas dos EUA. O nível de preparação das forças armadas da Índia está aumentando. Mais uma característica distintiva: este ano dos treinamentos tomam parte dois porta-aviões, um deles é o indiano Vikramaditya que porta caças russos MiG-29.