De acordo com Kharlamenko, a sentença foi dada para uma das cinco acusações, sendo esta a menos séria e a mais inconsistente. A sentença foi dada pelo juiz Sérgio Moro, que, segundo o especialista, é um antigo inimigo de Lula, que já há um ano vem tentado condená-lo.
O ex-presidente foi acusado, no âmbito da operação Lava Jato, de receber propina da empreiteira OAS em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.
Mesmo o Ministério Público, que incitou o processo contra Lula sobre a propina em questão, queria suspender seu requerimento. Os advogados de Lula e ele próprio também apresentaram provas quanto à inexistência de crime, já que o apartamento foi transferido para uma fundação federal.
Nem só os defensores, mas também os acusadores julgam que este processo não possui motivos suficientes, sendo que as outras quatro acusações até agora não há sentenças.
Aleksandr Kharlamenko julga que a razão principal para condená-lo trata-se de uma tentativa de "afastar Lula da vitória garantida nas próximas eleições e com grande vantagem".
A petrolífera estatal Petrobras não ficou de fora do clico de demissões e substituições.
"Tudo isso alveja primeiramente a privatização do setor estatal, em particular, da Petrobras. Ao fundo destas acusações, Petrobras já foi forçada a realizar reformas sérias, bem como a aumentar a participação do capital privado, o que afetou muito os diretos dos trabalhadores", disse Kharlamenko.
Assim, os trabalhadores podem perder todos seus direitos que foram alcançados por quase 100 anos de luta severa, julga o especialista.
Este dito processo visa submissão de uma das maiores economias da América Latina ao capital transnacional de origem norte-americana, concluiu o especialista.