Físicos da Rússia e EUA criam supercomputador único

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Cientistas norte-americanos e russos, que estão trabalhando na Universidade de Harvard, criaram e testaram o primeiro computador quântico do mundo que consiste de 51 bits quânticos.

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Este dispositivo é o sistema computacional mais complexo desse gênero, disse o professor da Universidade de Harvard e cofundador do Centro Quântico da Rússia (CQR), Mikhail Lukin.

O físico anunciou esse êxito durante a conferência internacional sobre tecnologias quânticas ICQT-2017 que está sendo realizada em Moscou. Este resultado alcançado torna o grupo de Lukin como líder na corrida para criar um computador quântico genuíno. Desta "corrida" há vários anos participam grupos dos principais físicos de todo o mundo.

Computadores quânticos são aparelhos de computação cuja capacidade aumenta exponencialmente graças ao uso de princípios de mecânica quântica em seu funcionamento. Tais aparelhos consistem de bits quânticos – células de memória e ao mesmo tempo módulos de computação que são capazes de guardar um espectro de valores entre 1 e 0.

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Agora existem duas aproximações principais para o desenvolvimento de tais aparelhos – a clássica e a adiabática. Os apoiantes da primeira aproximação tentam criar um computador quântico universal, onde os bits quânticos trabalhem como meios de computação habituais. O trabalho com tais aparelhos não vai se distinguir muito do trabalho dos computadores comuns, apesar da diferença em capacidades.

Um computador adiabático é mais fácil de criar, mas ele é mais parecido com os computadores analógicos do início do século XX, mas não com os dispositivos digitais modernos.

No ano passado, uma série de grupos de cientistas dos EUA, da Austrália e de uma série de países europeus declarou que está perto de criar tal aparelho. O grupo de John Martinis, da empresa Google, era considerado o líder nesta corrida informal, eles têm desenvolvido uma variante hibrida de computador quântico que combina os elementos da aproximação analógica e digital.

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Lukin e seus homólogos da Universidade de Harvard e do Centro Quântico da Rússia ultrapassaram o grupo de Martinis, que agora está elaborando um computador quântico com 22 bits quânticos. O grupo de Lukin usa neste processo os exóticos "átomos frios", em vez dos supercondutores que usa o grupo da Google.

Usando seu produto novo, o grupo de Lukin já resolveu uma série de tarefas físicas que são muito complicadas para modelagem com os supercomputadores habituais.

Os cálculos realizados pelo grupo de Lukin usando o novo computador quântico foram verificados usando vários supercomputadores comuns. Os resultados coincidiram em geral, o que provou que o sistema de 51 bits quânticos dá certo.

No futuro, os cientistas planejam continuar experimentando com o novo supercomputador. Lukin disse que seu grupo pode lançar nele o famoso algoritmo de Shor que permitirá hackear a maioria dos sistemas de encriptação que agora existem com base do algoritmo RSA.

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