De acordo com Temer, López o procurou por telefone e agradeceu pelo apoio do Brasil “nos dias mais difíceis no cárcere”, no que o presidente brasileiro definiu como “luta pelo restabelecimento da democracia na Venezuela”.
Recebi, há pouco, telefonema de @leopoldolopez. Pareceu bem disposto e firme em sua luta pelo restabelecimento da democracia na Venezuela.
— Michel Temer (@MichelTemer) 14 de julho de 2017
Além disso, López teria solicitado ao presidente brasileiro o estabelecimento de um corredor humanitário para o envio de alimentos e remédios ao povo venezuelano, que vive envolto em uma profunda crise que já passa de quatro meses e que já deixou mais de 90 mortos no país.
López agradeceu apoio do Brasil nos dias mais difíceis no cárcere. Pediu corredor humanitário para envio de alimentos e remédios para o povo
— Michel Temer (@MichelTemer) 14 de julho de 2017
Temer escreveu ainda que apoia a liberdade do opositor de Maduro e se disse contrário ao que chamou de “prisões políticas”, dizendo também que “o Brasil está ao lado do povo venezuelano”.
Reafirmei apoio do Brasil à sua plena liberdade e repúdio a prisões políticas.
— Michel Temer (@MichelTemer) 14 de julho de 2017
O Brasil está ao lado do povo venezuelano. Há que respeitar o Estado de Direito, a democracia, os direitos humanos.
— Michel Temer (@MichelTemer) 14 de julho de 2017
López foi libertado no último dia 9 de julho, após passar três anos atrás das grades. A Suprema Corte venezuelana concedeu o direito à prisão domiciliar a ele por “razões de saúde”, embora aliados de López tenham dito que ele está muito bem e pronto para seguir na luta contra o regime de Maduro.
Desde que assumiu o governo brasileiro, Temer vem se destacando pela forte crítica ao governo venezuelano, em uma guinada aos 13 anos anteriores de governos do PT, estes aliados do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e do seu sucessor, o próprio Maduro.
Recentemente, o Palácio do Planalto condenou as atitudes do governo venezuelano e o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, classificou como “golpe de Estado” o anúncio de Maduro para a realização de uma Assembleia Constituinte, prevista para o fim deste mês.
Entretanto, as moções lideradas pelo Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) contra a Venezuela acabaram derrotadas.