O Ministério da Defesa da China acrescentou que o fato de seus aviões de guerra operarem em espaço aéreo neutro é "legal e correto" e que estes continuarão realizando treinamentos militares perto das ilhas do Japão em conformidade com as "necessidades da missão".
"A parte respetiva não deve fazer disso um problema ou interpretar a situação de outro modo, seria melhor se eles se acostumassem a isto", diz-se no comunicado do ministério chinês.
O passo da China parece ser bem calculado: eles não violaram o espaço aéreo japonês, nem o de Taiwan, mas estiveram muito perto disso. Este é o último de uma série dos exercícios militares realizados pela Marinha e Força Aérea da China na parte ocidental do Pacífico.
O estreito de Miyako não é apenas o ponto mais austral do território japonês. Está situado perto da ilha de Okinawa, que abriga 75% do pessoal militar norte-americano deslocado no Japão, estando perto das ilhas disputas pela China e o Japão no mar da China Oriental.
As autoridades chinesas negam que os exercícios tenham algum significado político ou simbólico.
"O estreito de Miyako é o caminho marítimo internacional mais conveniente para a China para entrar no oceano Pacífico", afirmou o pesquisador sênior da Academia de Ciências Sociais da China, Jiang Lifeng, para o jornal chinês Global Times. "Os treinamentos regulares da China fazem parte de um plano de desenvolvimento para ampliar o alcance de combate das forças militares, que visa manter a paz e a estabilidade na região", notou o pesquisador.
Em resposta aos frequentes exercícios chineses, o Japão duplicou o número de caças que são postos em alerta para responder às tentativas de incursão de aviões estrangeiros no seu espaço aéreo. Além disso, Tóquio construiu uma nova classe de caças de superioridade aérea, deslocados na ilha de Okinawa em 2016.