Berlim foi o primeiro a atuar. O governo de Angela Merkel aprovou um decreto que reforça o controle dos investimentos provenientes de países de fora da UE em setores estratégicos.
Segundo a fonte, o primeiro país que é afetado por estas medidas, será a China, país que acusam de violar as condições de concorrência ao financiar com dinheiro público suas empresas. As restrições foram adotadas apesar de a China e a Alemanha fazerem parte de uma aliança contra a política protecionista de Donald Trump.
O objetivo que persegue o governo alemão é ganhar mais tempo, de dois a quatro meses, para analisar as ofertas de compra de empresas localizadas fora da UE.
Com a nova norma, a compra de mais de 25% do pacote acionário de uma empresa alemã por parte de investidores estrangeiros ou da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês) pode ser revisada pelo Ministério da Economia, que analisará se coloca em risco a segurança do país.
"Continuamos sendo uma das economias mais abertas do mundo, mas também cuidamos para que as condições de concorrência continuem sendo justas", disse a ministra da Economia, Brigitte Zypries.
A França e a Alemanha são os países mais preocupados com as compras de empresas locais, em particular por parte de empresas chinesas.
"Sou favorável a que haja investimentos chineses, asiáticos, americanos, africanos, mas é legítimo ter mecanismos de controle quando esses investimentos são feitos em setores que são estratégicos", afirmou pouco antes, por seu lado, o presidente francês Emmanuel Macron.