Para o analista militar russo Andrei Koshkin, os EUA estão formando uma paliçada de mísseis perto das fronteiras russas e forçando para que os países europeus paguem por isso.
"Os exercícios, que serão realizados até 22 de julho, servem não só para verificação das capacidades recém-obtidas, mas oferecem a oportunidade de aumentar o nível de interoperabilidade das forças da Defesa Aérea e Antimíssil", comunica o portal da OTAN.
O número de forças participantes aumentou rapidamente para 2,2 mil oficias e mais de 800 veículos de 13 países. Pela segunda vez, o Centro de Comando Aéreo Operacional da OTAN em Uedem, na Alemanha, está envolvido nos exercícios. O seu papel é introduzir e aplicar os padrões, doutrinas e táticas da Aliança.
Multinational Air Defence Ex Tobruq Legacy 2017 begins today for the 1st time in Lithuania involving 500 soldiers&30 systems from 🇱🇹🇬🇧🇺🇸🇵🇱🇱🇻 pic.twitter.com/g5u1JPw18n
— Lithuanian_MoD (@Lithuanian_MoD) 11 de julho de 2017
Na véspera dos exercícios, os EUA deslocaram o sistema de mísseis de longo alcance Patriot para a Lituânia pela primeira vez, segundo comunicou o Ministério da Defesa Nacional da Lituânia.
O Patriot foi instalado ao lado dos sistemas de defesa utilizados pela OTAN. Cerca de 500 soldados e 30 sistemas da defesa aérea da Lituânia, Reino Unido, EUA, Letônia e Polônia estão envolvidos nos exercícios.
"Os EUA querem instalar estes sistemas nos Países Bálticos, na Polônia e na Romênia. Ou seja, tudo anda de acordo com os planos. Estes exercícios fazem parte do plano de deslocamento destes sistemas de mísseis. Como resultado, surgirá uma paliçada de mísseis perto das fronteiras russas. Trata-se de uma parte da modernização da infraestrutura da OTAN, que está se movendo para perto da Rússia", explicou Koshkin ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Segundo o analista militar, a Europa já está preparada para tal modernização, mas quer que Washington pague a fatura. A Suécia já anunciou estar preparada para instalar estes sistemas em seu território.
Mas os Estados Unidos não planejam deslocar os mísseis de graça.
#StrongerwithAllies: Patriot missiles deployed in #TobruqLegacy2017 exercises in Baltics https://t.co/mlBSdQoJ3m pic.twitter.com/3dZIimq7pQ
— Vytas Leškevičius (@Leskevicius) 11 de julho de 2017
"Donald Trump deixou bem claro que se os países comprarem os sistemas de mísseis, os EUA oferecerão operações de alta classe. Estou seguro que os EUA vão influenciar os países fronteiriços para que instalem estes sistemas no intuito de criar uma paliçada de mísseis sem lacunas; e, especialmente, à custa de outros países. Não há intenção alguma em doá-los", concluiu Andrei Koskin.