"Espero que a russofobia no Congresso finalmente comece diminuindo, quanto mais não seja porque, apesar de muitos meses de trabalho de diferentes comissões e investigadores, não tem sido apresentado facto algum", sublinhou Lavrov.
O Comitê especial de inteligência do Congresso norte-americano está investigando a "interferência" russa nas eleições dos EUA. Ao mesmo tempo, a mídia norte-americana publica regularmente, com referência a fontes não oficiais, que os membros da campanha eleitoral de Donald Trump têm contatos estabelecidos com empresários e políticos russos. A Rússia negou por muitas vezes todas as acusações de interferência nas eleições nos EUA, e o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, disse que essas acusações não têm nada a ver com a realidade.
A confiança mútua entre Rússia e EUA se agravou depois de dois complexos habitacionais diplomáticos russos terem sido fechados no final de 2016 como parte das sanções introduzidas pela administração de Barack Obama. Moscou, por sua vez, afirmou que fará retaliações se os EUA não atenderem às suas demandas de devolver seus ativos diplomáticos.
"É um roubo em plena luz do dia", disse ele.
Sergei Lavrov espera que na administração de Trump haja pessoas que entendam que a decisão sobre apreensão das propriedades diplomáticas e expulsão de 35 diplomatas com as suas famílias foi adotada por uma administração de Barack Obama "agonizante". Segundo o diplomata, naquela altura a administração de Obama "não sabia como destruir as nossas relações com Washington para a administração de Trump não conseguir as reestabelecer".
Em dezembro de 2016, Barack Obama anunciou novas sanções contra a Rússia por sua suposta interferência nas eleições presidenciais no país por meio de ciberataques contra o Partido Democrata e por "pressão sobre diplomatas norte-americanos na Rússia", incluindo o fechamento de dois complexos diplomáticos russos nos EUA.