"Queríamos chamar atenção da política italiana para o conflito, que até hoje não tinha sido discutido. É uma guerra que afeta, indiretamente, os países da Europa, no que diz respeito às sanções econômicas."
O político nota que o conflito é pouco coberto pela mídia e acha que a censura se deve ao fato de a União Europeia e governos dos países-membros serem responsáveis por esta guerra.
"A UE entende que a organização tomou o lado errado do conflito e que lhe cai muita responsabilidade, por isso tentam constantemente censurar notícias sobre esta guerra, sobre sua existência, enquanto o regime de cessar-fogo nunca foi cumprido. Eu mesmo estive três vezes em Donetsk e Lugansk, onde vi com meus próprios olhos como a artilharia de Kiev bombardeia quarteirões habitacionais, causando novas vítimas entre civis", disse em entrevista à Sputnik Itália.
Além disso, Maurizio Marrone contou sobre o projeto 101 life que tem por objetivo informar à sociedade sobre as crianças que morreram durante o conflito; o número de vítimas mortais infantis já ultrapassou 100.
"Há pouco, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, apresentou um relatório com 16 reclamações à Ucrânia quanto a tais crimes graves, como torturas, privação de liberdade ilegal e violação da liberdade de circulação. Receamos que [a Ucrânia] possa usar [a UE e os EUA] como uma plataforma para atacar o chamado mundo russo", disse o político, afirmando esperar que um dia o governo da Itália saia do conflito e mude sua atitude em relação à OTAN.
Maurizio Marrone também expressou a esperança que a Itália se encaminhe rumo a uma aliança com a Rússia e que os dois países voltem a cooperar no comércio e economia, bem como no combate ao terrorismo.
"Nós, sendo parte do mundo ocidental, estamos vendo que Moscou está combatendo o Daesh praticamente sozinha. Devemos entender que nosso inimigo é o terrorismo islâmico, não a Rússia", concluiu.