A Agência de Polícia Metropolitana de Seul disse, na quarta-feira (19), que estava investigando como a mulher, conhecida no Sul como Lim Ji-hyun, que abandonou a nação comunista em janeiro de 2014, voltou para a Coreia do Norte para, possivelmente, participar de uma peça propagandista criticando o Sul.
Outros desertores que voltaram para o Norte apareceram em programas semelhantes, o que reforça a tese de sequestro e coação.
Em um vídeo on-line, postado no site estatal Uriminzokkiri no domingo (16), Lim apareceu vestindo uma túnica de seda tradicional e se apresentou como Jon Hye-song, dizendo que "voltou para casa", mais precisamente para a província de Pyeongan do Sul em junho, para morar com sua família.
Ela disse que a vida na Coreia do Sul era "miserável".
"Eu fui para a Coreia do Sul sustentando essa fantasia de que conseguiria comer e viver bem, ganhar muito dinheiro, mas o Sul não era o lugar que eu imaginava", disse ela, de acordo com o jornal Japan Times. "Todo dia no Sul era como um inferno. Todas as noites… chorei pensando na minha terra natal e meus pais no Norte."
"Tudo o que eu disse na TV foi manipulado para fazer os norte-coreanos parecerem bárbaros, ignorantes e estúpidos", disse ela. A mulher não revelou como voltou para o Norte.
Mais de 30 mil pessoas fugiram da Coreia do Norte para o Sul desde a década de 1990, quando a fome atingiu o país.