De acordo com ele, "no total havia de três mil a cinco mil militantes no país". "Liquidamos de dois a três mil terroristas, o resto se encontra em unidades adormecidas ou fugiu com os refugiados", afirmou.
O político iraquiano sublinhou que se a divisão entre os xiitas e sunitas no Iraque continuar, isso pode levar à criação de um novo Daesh.
"A divisão entre os sunitas e xiitas permanecerá. Os sunitas planejam para si um Estado e os xiitas — outro. Caso esta situação seja mantida, isso levará ao estabelecimento de um novo Daesh com novas ideias, novas bandeiras… apelos de separação já se podem ouvir no Curdistão e no oeste do país, é um novo desafio", disse Nouri al-Maliki.
"Eles [os EUA] dizem, e eu tenho pena disso e não aceito, que a vitória [em Mossul] é seu êxito, que foram eles que travaram esta guerra. Mas, na verdade, é vitória do exército iraquiano. Sim, eles nos apoiaram com aviação, mas o papel principal foi desempenhado pelos soldados iraquianos, pela milícia popular, bem como pela aviação da Força Aérea do Iraque", frisou.
Por enquanto, o Iraque não tem visão exata da estratégia da administração do presidente Donald Trump no Oriente Médio, pois Washington afirma que ainda não está formada definitivamente, acrescentou Nouri al-Maliki.
Na semana passada, o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, declarou oficialmente a vitória sobre o Daesh em Mossul, cidade que estava nas mãos da organização terrorista há mais de três anos. Mais posteriormente, o general norte-americano, Stephen Townsend, responsável pela operação contra o Daesh, disse que a limpeza de Mossul levaria mais umas semanas.