No coração deste conflito está a disputa territorial sobre o estado indiano de Jammu e Caxemira. Outro ponto da dimensão nuclear do conflito é o fato de as capacidades convencionais da índia superarem as do Paquistão, comunica o colunista do The National Interest Zachary Keck. Consequentemente, Islamabad adoptou uma doutrina nuclear de uso de armas táticas contra as forças da Índia para compensar sua superioridade, uma estratégia que lembra muito a doutrina militar da OTAN na oposição à União Soviética durante a Guerra Fria.
A Índia, porém, não respondeu, porque, de acordo com ele, os líderes indianos não sabiam onde ficava o limiar nuclear do Paquistão. Outro ponto aqui é que o Paquistão podia avaliar tais ações da Índia como expansivas e utilizar as armas nucleares.
Narang acrescentou que a Índia fez muito para garantir um ataque preventivo em caso de necessidade, reforçando as capacidades de reconhecimento e inteligência e adquirindo sistemas antimísseis, bem como mísseis para realizar um ataque de resposta, como os mísseis BrahMos produzidos juntamente com a Rússia, comunica o The National Interest.
"É pouco provável que a Índia se arrisque a dar uma chance ao Paquistão de realizar um ataque nuclear maciço após uma resposta indiana à utilização de armas nucleares táticas pelo Paquistão. Em outras palavras, a utilização de armas nucleares táticas pelo Paquistão vai libertar a Índia para realizar um primeiro ataque abrangente contra o Paquistão", comunicou o antigo consultor da Segurança Nacional da Índia Shivshankar Menon nas suas memórias.
De acordo com o The National Interest, existe um fator que deve ser considerado pelos líderes indianos – a reação da terceira parte do triangulo nuclear da região que é a China. A China sempre foi o foco principal do programa nuclear indiano. Pequim também está cooperando com o Paquistão. Esta situação de multipolaridade é uma marca da segunda era nuclear.