"O próprio sistema Patriot, mesmo tomando em conta sua resistência às interferências, também está longe de ser perfeito. Possuímos ferramentas eficazes de guerra eletrônica para lidar com ele", assinala Maevsky, vice-presidente da empresa KRET, que faz parte da corporação Rostec.
O especialista assinala que, apesar de que Washington se gaba do mesmo, seu "otimismo" pode não se justificar.
"Não devemos nos esquecer de que seu 'otimismo' se baseia somente na experiência de combate contra os sistemas de defesa soviéticos nos países do terceiro mundo, que em sua maioria foram produzidos na década de 70. Não estou seguro de que conservem este 'otimismo' no combate real contra os modernos complexos de defesa aérea russos e, mais ainda, contra nossos militares", advertiu.
De acordo com o analista, o funcionamento do sistema de guerra eletrônica russo se baseia não somente nas máquinas, mas também na informação, que permite explicar e predizer as ações dos inimigos.
Para isso, a Rússia monitoriza constantemente as tendências de guerra eletrônica no estrangeiro, inclusive nos EUA. Ademais, são analisados todos os conflitos contemporâneos a partir da perspectiva de utilização de meios eletrônicos, dos algoritmos de funcionamento e eficiência em geral. Qualquer experiência no uso de guerra eletrônica nos conflitos armados se avalia como dados obtidos experimentalmente.
Entre os equipamentos russos que não têm análogos no mundo, Maevsky destaca os emissores de interferências Krasukha, os sistemas Rychag-SV para proteção de aeronaves, assim como o President-S com suas "soluções nada convencionais".
Na Síria, os helicópteros russos estão protegidos pelo complexo Vitebsk. Ademais, temos diferentes dispositivos terrestres, explica Maevski.