O especialista contou que o seu estudo é baseado em um trabalho do laureado do Prêmio Nobel, Hermann Muller, que em 1960 disse que a humanidade, bem como as populações de outros organismos da Terra, está em estado de equilíbrio aproximado. O corpo humano sofre de mutações que perturbam a função reprodutiva e, ao mesmo tempo, se submete a processos evolutivos que ajudam a evitar isto.
Muller chamou este processo de carga de mutação. Esta noção significa que qualquer parte do seu corpo pode se submeter a mudanças que vão afetar seu funcionamento. "Qualquer coisa, por exemplo, uma televisão, com o tempo começará a trabalhar pior e por fim vai deixar de funcionar", explica o cientista.
A maior ameaça para os genes são as mutações. A maioria delas que estão decorrendo na parte funcional do genoma tem um caráter pernicioso.
"Como nós podemos nos opor a estes processos? É preciso aumentar a taxa de natalidade! É preciso dar à luz mais crianças, de maneira a completar a população", disse Dan Graur.
"Por isso, eu pressupus que só uma parte do genoma é funcional. De acordo com os meus cálculos, essa parte não excede os 25%. Será por volta de 10 ou 15%", disse o cientista.
O especialista sublinha ter a certeza que tal mecanismo se formou graças ao processo de evolução e que nenhuma criatura racional nunca podia ter criado algo parecido.