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Queriam o fim do governo Dilma, e não o da corrupção, diz procurador da Lava Jato

© Reprodução VídeoOs procuradores da Lava Jato pedem que a sociedade diga não ao Projeto de Lei de Abuso de Autoridade dos Senadores Renan e Requião
Os procuradores da Lava Jato pedem que a sociedade diga não ao Projeto de Lei de Abuso de Autoridade dos Senadores Renan e Requião - Sputnik Brasil
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O procurador regional da República e integrante da Força-Tarefa da Operação Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, voltou a criticar o governo do presidente Michel Temer (PMDB) nesta segunda-feira, afirmando que ele e o seu partido querem o fim da operação.

“ACABAR COM A LAVA JATO. Esse parece ser o próximo passo do PMDB (sic)”, escreveu Lima em sua página pessoal no Facebook. O espaço vem sendo utilizado nos últimos meses para o representante do Ministério Público Federal (MPF) expressar suas posições sobre a Lava Jato.

Na opinião do procurador, o impeachment de Dilma Rousseff (PT), ocorrido em 2016, teria sido causado por aqueles que queriam se ver livres da petista, mas não da corrupção que foi desvendada nos últimos três anos pelas dezenas de fases da Lava Jato dentro e fora do país.

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“Infelizmente muitas pessoas que apoiavam a investigação só queriam o fim do governo Dilma e não o fim da corrupção. Agora que Temer conseguiu com liberação de verbas, cargos e perdão de dívidas ganhar apoio do Congresso, o seu partido deseja acabar com a sua investigação. Mas, mesmo com todas as articulações do governo e de seus aliados, as investigações vão continuar por todo país”, completou Lima.

Parte da crítica do procurador foi endereçada aos vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB-MG), que afirmou em uma entrevista que a Lava Jato deveria ter um “prazo de validade”, sugerindo que a operação terminasse em no máximo seis meses.

A afirmação de Lima é mais uma de uma série feita não só por ele, mas por integrantes do MPF e da Polícia Federal (PF). Em comum, todos os envolvidos nas apurações vêm reclamando da dificuldade que os trabalhos vêm enfrentando com cortes de recursos e outros entraves.

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