A KPN consiste em quase 60 mil efetivos, metade dos que fazem parte da Força Aérea— um número que representa 5% do total da força do exército. Mizokami acrescenta que, segundo dados de 2001, a força naval norte-coreana conta com entre 810 e 990 navios de produção soviética, chinesa ou própria, que provavelmente estarão em serviço até hoje em dia devido à falta de financiamento para a construção de novos navios.
Sendo o mais pequeno dos três ramos das Forças Armadas, a KPN está maioritariamente completada por lanchas canhoneiras com menos de duas toneladas e que são "pequenas demais para representar uma ameaça credível para a Marinha dos EUA".
No entanto, foi a frota de canhoneiras que mais agiu nas batalhas contra a Coreia do Sul em Yeonpyeong, em 1999 e 2002, e em Daecheong, em 2009. Mas apesar de ter causado danos aos navios sul-coreanos, a KPN registrou mais baixas humanas e navais do que seu adversário do Sul.
"O fato de os norte-coreanos já não fazerem provocações no mar quase certamente significa que é devido a que os navios da Coreia do Sul são agora decisivamente superiores", afirma Mizokami.
Outra parte importante da KPN é sua frota submarina, que supostamente conta com cerca de 20 submarinos da classe Romeo fornecidos pela China, quatro submarinos costeiros da classe Sang-O e 10 minissubmarinos da classe Yono, derivada de um projeto iraniano.
Mas o mais importante, de acordo com o colunista, é o submarino do projeto original norte-coreano Gorae (Baleia), que terá capacidade de portar mísseis balísticos como o Pukguksong-1.
Recentemente, a Marinha norte-coreana recebeu uma série de navios mais novos. Entre eles se contam fragatas porta-helicópteros, os maiores navios construídos para a KPN em 25 anos, e Navios Muito Finos (VSV ou Very Slender Vessels, em inglês), um tipo de embarcação capaz de atravessar ondas a grande velocidade.
Finalmente, a Marinha norte-coreana tem uma quantidade considerável de artilheira costeira, cuja maioria consiste de peças mais antigas de 76 mm, mas já foram vistos lançadores de mísseis subsônicos Kumsong-3, um míssil de cruzeiro antinavio que "é extremamente perigoso, não só para as frotas de superfície da Coreia do Sul, mas também para os EUA", ressalta o autor do artigo.