O dado foi compilado pela organização não-governamental (ONG) Contas Abertas, e leva em conta fins de semana, recessos parlamentares e as segundas e sextas-feiras, quando os parlamentares deixam a capital federal para fazer política em suas bases eleitorais.
Cada um dos 513 deputados federais recebe um salário bruto de R$ 33,7 mil – superior ao do presidente da República e seus ministros, que ganham R$ 30,9 mil mensais. Adicionados outros benefícios, como verba de gabinete, cota de passagens para seus destinos eleitorais, reembolso com despesas de saúde, e o valor aumenta para números estratosféricos: juntos, os 513 deputados custam em média R$ 86 milhões ao mês, e um custo anual de R$ 1 bilhão.
“As pessoas ficam muito restritas a quanto custa um parlamentar em si, com todas as suas mordomias. Isso custa caro, sim. Mas o Congresso tem uma estrutura muito maior que isso que consome recursos públicos, dificultando ainda mais o equilíbrio no orçamento”, avaliou o presidente da ONG, Gil Castello Branco.
Tal Legislativo caro terá na próxima semana a missão de autorizar ou não o andamento de uma denúncia que pesa contra o presidente Michel Temer (PMDB). Já se sabe que repasses graúdos foram feitos aos parlamentares que se mostraram a favor do peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, no início do mês.
Resta saber quanto mais tais apoios custarão aos cofres públicos, seja em emendas ou em cargos – o governo Temer possui pouco mais de um Maracanã apenas de funcionários comissionados.