Sonda Cassini detecta anomalias inexplicáveis de Saturno

CC0 / NASA/JPL / Cassini Saturn Orbit InsertionImagem artística da sonda espacial Cassini perto de Saturno
Imagem artística da sonda espacial Cassini perto de Saturno - Sputnik Brasil
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O eixo magnético de Saturno veio a ser completamente igual ao eixo de rotação do planeta gigante, o que não permitiu à sonda espacial Cassini medir com precisão a duração do dia no “Senhor dos Anéis”, informou o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

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"A inclinação do campo magnético de Saturno é demasiado pequeno, o que não corresponde a nossas previsões anteriores, sendo muito difícil explicá-lo. Por isso, não conseguimos medir a duração do dia no planeta, mas continuamos trabalhando nisso, buscando novos métodos para realizar tais medições", contou Michele Dougherty do Imperial College London.

De acordo com a especialista, os cientistas até hoje não sabem quanto tempo Saturno leva para dar uma volta ao redor de seu eixo, por não possuir grandes manchas como Júpiter ou traços distintos em sua superfície.

Desde os finais de abril deste ano, a Cassini tem se aproximado regularmente de Saturno a mínimas distâncias no âmbito da última fase de sua missão, que recebeu o nome "Final da Ópera". Os cientistas esperavam que estas aproximações possibilitassem o recebimento de dados mais exatos sobre as flutuações do campo magnético do planeta, bem como gostariam de medir a duração do dia.

No entanto, as expetativas não se concretizaram. Segundo mostram as novas medições, o eixo magnético de Saturno ora coincide completamente com o eixo de rotação ora a diferença é mínima. Isso significa que os cientistas não podem medir a duração do dia no planeta nem explicar a origem de seu campo magnético.

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Atualmente, a equipe de cientistas está observando as flutuações do campo magnético de Saturno, esperando encontrar traços de alguns processos internos na atmosfera do planeta, escondidos de nós mudanças no campo magnético do planeta longínquo.

Os primeiros dados, segundo afirmam Michele Dougherty e seus colegas, indicam que o campo gravitacional possui anomalias ainda desconhecidas, que poderão ser desvendadas apenas com ajuda de outras sondas, porque a Cassini deixará de existir na atmosfera do planeta em apenas um mês e meio, ou seja, em meados de setembro deste ano.

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