Hayden assegura que, caso não sejam tomadas as medidas correspondentes, a Coreia do Norte poderia alcançar com suas bombas o nordeste do Pacífico dentro de meia década.
"É uma ameaça que afeta Seattle mais que muitas outras partes do país", destacou o militar.
Para solucionar o problema, Hayden apelou para reconhecer a potência nuclear de Pyongyang em troca de certas limitações por sua parte relativas ao número permitido de armas nucleares. Em sua opinião, seria uma saída real da via morta onde se encontraram os EUA e outros países, cuja segurança está ameaçada pelas suas armas nucleares.
Entretanto, a pergunta principal é se é possível ampliar o "clube nuclear" hoje em dia sem que isto conduza a consequências perigosas.
O especialista está seguro de que a Coreia do Norte existirá como país somente possuindo as armas nucleares. Pelo contrário, os EUA já o teriam desfeito da mesma forma como o fizeram com vários Estados árabes.
Mesmo assim, o analista frisou que Trump é adepto da política "real". Para ele, o mais importante é fechar um bom negócio. Caso a linha geral da política americana se incline até a estratégia do atual presidente, é muito provável que a Coreia do Norte se reconheça como uma potência nuclear.
Hoje em dia, somente cinco países têm direito oficial de possuir armas nucleares: a Rússia (como sucessora da URSS), os EUA, o Reino Unido, a França e a China, recordou o diretor adjunto do Instituto Nacional de Ideologia Moderna, Igor Shatrov.
Desde 1968, tem estado em vigor o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) que proíbe os restantes Estados de desenvolver e testar armar atômicas. Apesar disso, a Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte anunciaram a criação deste tipo de armas, enquanto Israel é suspeito de criar essas armas também.
De acordo com ele, Pyongyang não espera seu reconhecimento internacional, já que não mudaria absolutamente nada para ela. O país entende que um arsenal nuclear é a justificativa da pressão e não a causa.
"Creio que caso acorde em se aderir ao TNP, de qualquer modo não estaria de acordo com a instalação de armas nucleares americanas na Coreia do Sul, para o que os EUA estão realmente buscando um pretexto", concluiu.