Diretor da CIA indica principais ameaças aos EUA

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O diretor da CIA Mark Pompeo afirmou que o terrorismo e a Coreia do Norte são as principais ameaças aos interesses e à segurança dos EUA a curto prazo.

Anteriormente, o jornal The Washington Post, citando uma informação confidencial da Agência de Inteligência do Departamento de Defesa dos EUA, comunicou que, já no ano que vem, a Coreia da Norte pode instalar mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares.

"São ameaças diferentes e a nossa resposta a elas deve ser diferente. Mas hoje em dia, enfrentamos cada uma delas. Então, se falarmos de uma perspectiva próxima, eu colocaria essas duas no primeiro lugar", disse ele em entrevista à edição Washington Free Beacon.

Pompeio acrescentou também que a nova política da administração do presidente estadunidense em relação à Coreia do Norte é baseada nos dados da inteligência. De acordo com estes dados, no futuro próximo, Pyongyang pode atacar os EUA usando ogivas nucleares.

"É um risco verdadeiro. Pode acontecer assim que eles realizem um lançamento, equipem o míssil com uma ogiva nuclear, e conseguem fazê-lo. É ruim, nós temos de evitá-lo. Mas a ameaça real é que eles possam elaborar um programa funcional. Então, eles vão acreditar em sua capacidade de coibir o inimigo", afirmou Pompeo.

Segundo ele, nesse caso os EUA ficarão em uma situação arriscada. "O presidente deixou claro que não permitirá que isso aconteça", disse o diretor da CIA.

Pompeo frisou que os EUA criaram um centro de missões para responder à ameaça por parte da Coreia do Norte.

Imagem do Hwasong-14, míssil que a Coreia do Norte afirma ser de longo alcance (intercontinental), em teste realizado em 4 de julho de 2017 - Sputnik Brasil
EUA: Coreia do Norte poderá instalar mísseis balísticos intercontinentais em 2018
A televisão estatal da Coreia do Norte anunciou em 4 de julho o primeiro lançamento bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental Hwasong-14. O míssil teria atingido a altitude de 2.802 quilômetros, e percorrido uma distância de 933 quilômetros.

O Pentágono confirmou o teste do míssil. Posteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou que o míssil coreano havia atingido uma altitude de 535 quilômetros, e não 2.802. Também, segundo o ministério, o projétil havia voado cerca de 510 quilômetros, e não 933. Na conclusão do Ministério da Defesa da Rússia, tratou-se do teste de um míssil de médio alcance.

Os EUA, a França e o Reino Unido acreditam que Conselho da Segurança da ONU deve adotar uma nova resolução impondo sanções à Coreia do Norte. Mas na opinião do embaixador adjunto da Rússia na ONU, Vladimir Safronkov, as sanções "conduzem a situação para um beco sem saída" na Península da Coreia.

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