De acordo com a publicação, a JBS, que integra o grupo J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, entregou provas documentais aos investigadores como parte das delações premiadas dos executivos da companhia.
Os documentos comprovariam que a JBS pagou R$ 21,7 milhões “a pedido de Michel Temer para aliados políticos e amigos de campanhas eleitorais” e que o próprio presidente recebeu R$ 2,2 milhões em notas frias e R$ 9 milhões em doações oficiais, de acordo com Época.
A reportagem garante que o coronel João Baptista Lima, amigo de Temer, também havia recebido um pagamento de R$ 1 milhão em espécie, em setembro de 2014, que seria endereçado a Temer, segundo aponta a delação da JBS.
Outro montante de R$ 46,7 milhões em subornos teria sido repassado aos ministros Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Marcos Pereira (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Hélder Barbalho (Integração Nacional), Bruno Araújo (Cidades), e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia).
A lista de beneficiados por pagamentos da JBS ainda menciona governadores, senadores e deputados, entre eles o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE), de acordo com a revista.
A matéria ainda menciona que pagamentos foram feitos a políticos do PT – Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e do PSDB – José Serra.
Em nota, Temer chamou a delação da JBS de “obra de ficção” e declarou, em nota, que “jamais ordenou […] o pagamento a quem quer que seja”. Os demais políticos citados também negaram todas as acusações feitas pelos executivos do frigorífico.
Os documentos publicados pela revista aparecem às vésperas da votação no plenário da Câmara dos Deputados do relatório que pode autorizar a aceitação de uma denúncia contra Temer pelo Supremo Tribunal Federal (STF).