Na maioria dos países, a ingerência no genoma de células sexuais e de embriões é proibida.
"Anteriormente já se fizeram correções de embriões humanos. Acho que qualquer experiência nesta área é um passo em frente para a ciência. A pesquisa que está sendo realizada nos EUA visa realizar correções que poderão ultrapassar as mutações", disse ela.
Sarah Chan disse que, usando tal tecnologia, no futuro será possível criar pessoas geneticamente modificadas. Em muitos relatórios sobre a parte ética dessa questão se lê que esta modificação genética poderá ajudar a evitar doenças genéticas, que passam de pais para filhos. Por enquanto, esta tecnologia não é aplicada para fins reprodutivos.
"A tecnologia de correção do material genético já está disponível há muitos anos, desde a decifração da estrutura do DNA. O sistema CRISPR-Cas9 é mais eficaz, usando-o é possível corrigir os genes, sabendo com precisão quais as mudanças que é preciso realizar. E é possível fazer mesmo estas mudanças <…> Por isso, este sistema é revolucionário", disse Chan.
A preocupação das pessoas tem a ver com a possibilidade de, usando a correção de genoma, ser possível a criação de seres humanos geneticamente modificados.
Segundo a especialista, é preciso proibir a modificação genética de seres humanos, mas não de embriões, para não obstaculizar o desenvolvimento da ciência.