A Venezuela realizará escolhe neste domingo os representantes de um novo órgão legislativo composto por 545 membros que reescreverão a Constituição, mesmo com um plebiscito realizado no dia 16 de julho ter pedido o interrompimento do processo. A oposição afirma que o voto neste domingo pode ser outra tentativa do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de ignorar o Parlamento controlado por oposicionistas da Mesa da Unidade Democrática.
"Neste domingo, será decidido se o país continuará a existir como uma república ou se um sistema pessoal e totalitário será estabelecido", disse Ortega Diaz, citada pela publicação El Universal.
Na terça-feira, Ortega Diaz disse que as autoridades do país haviam violado a Constituição em meio a uma crise política e protestos de rua e classificou os juízes do Supremo Tribunal de "principais usurpadores do poder".
A própria Ortega Diaz está atualmente em julgamento, suspeita de cometer ações ilegais no desempenho de suas funções. Ela teve proibida a saída do país e a transferência de propriedade para o gerenciamento de terceiros. Todas as suas contas estão congeladas. Os problemas da Procuradora-Geral começaram depois que ela se opôs às ações das autoridades, em especial o movimento pela Constituinte de Maduro.
O país vive sob intensos quatro meses de protestos violentos que desde abril já causaram a morte de mais de 110 pessoas. A agitação se iniciou quando o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano tentou absorver os poderes legislativos da Assembleia Nacional controlada pela oposição.