Rússia e China são responsáveis pela ameaça norte-coreana, diz Tillerson

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensChefe da empresa ExxonMobil, Rex Tillerson, durante o encontro com o então primeiro-ministro (agora presidente) da Rússia, Vladimir Putin, na residëncia em Novo-Ogarevo, abril de 2012
Chefe da empresa ExxonMobil, Rex Tillerson, durante o encontro com o então primeiro-ministro (agora presidente) da Rússia, Vladimir Putin, na residëncia em Novo-Ogarevo, abril de 2012 - Sputnik Brasil
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse neste sábado que a Rússia e a China carregam uma “responsabilidade única e especial” pela crescente ameaça que a Coreia do Norte representa para o mundo, após mais um teste com um míssil intercontinental (ICBM, na sigla em inglês).

“Como principais impulsionadores econômicos do programa de armas nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, a China e a Rússia são responsáveis únicos e especiais por essa crescente ameaça à estabilidade regional e global”, afirmou Tillerson em comunicado.

O regime de Kim Jong-un conduziu nesta sexta-feira o seu segundo teste com um ICBM em menos de um mês, o qual foi considerado bem sucedido e deve ser interpretado como uma “ameaça severa” de Pyongyang a qualquer cidade dos EUA, informou Pyongyang.

Segundo Tillerson, o lançamento foi uma “flagrante violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que refletem a vontade da comunidade internacional”, reforçou o secretário norte-americano.

A China é tida como a última grande aliada da Coreia do Norte, principalmente no campo econômico – o que fez com que a Casa Branca exercesse grande pressão para que Pequim fizesse avançar a ideia da desnuclearização da Península Coreana, o que não avançou.

Imagem do Hwasong-14, míssil que a Coreia do Norte afirma ser de longo alcance (intercontinental), em teste realizado em 4 de julho de 2017 - Sputnik Brasil
Após 2° teste com ICBM norte-coreano, EUA e Coreia do Sul discutem opção militar

Já a Rússia também possui laços com Pyongyang, tanto que o presidente russo Vladimir Putin prega uma saída diplomática para a crise na região, tendo pedido à comunidade internacional que não perdesse a calma com o regime comunista na península.

Já o presidente norte-americano Donald Trump classificou o mais recente teste balístico norte-coreano como uma ação “imprudente e perigosa”, rejeitando a tese de Pyongyang de que tal atitude ajude a aumentar a segurança da Coreia do Norte.

“Ao ameaçar o mundo, essas armas e testes isolam ainda mais a Coreia do Norte, enfraquecem sua economia e privam suas pessoas”, disse ele em um comunicado.

China condena teste norte-coreano

O Ministério de Relações Exteriores da China condenou neste sábado o mais recente teste balístico norte-coreano. Pequim destacou que defende “a paz regional e a estabilidade” e que “todas as partes interessadas devem agir com cautela para prevenir a escalada da tensão”.

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