O ácido ribonucleico (RNA) é o principal nucleotídeo que participa de forma ativa da formação de nossa informação genética. O líquido sinovial, por sua parte, é um fluido que se encontra nas articulações, composto essencialmente de plasma sanguíneo. Ambos permitem identificar com alta precisão os marcadores genéticos de uma determinada população.
O analista e colaborador da Sputnik, Aleksandr Khrolenko, opinou que o pedido poderia estar relacionado com desenvolvimento, testes e preparação de armas biológicas.
Uso potencial
A Convenção sobre as Armas Biológicas proíbe o desenvolvimento, produção e armazenamento de material biológico para fins bélicos. Desde sua entrada em vigor, no início da década de 1970, o protocolo da convenção foi assinado e ratificado pela maioria dos países do mundo.
A Rússia, por sua vez, apelou repetidamente ao cumprimento do acordo internacional, solicitando que Washington garanta de modo adequado a segurança do programa biológico do Pentágono.
"O arsenal nuclear dos EUA é considerável. No entanto, mesmo um conflito nuclear limitado não é nada conveniente para o Pentágono, pois 'terá efeito de ricochete'. Enquanto a guerra biológica é muito eficiente e não destrói a infraestrutura econômica", explicou Khrolenko.
As armas biológicas são capazes de exterminar rápida e seletivamente as forças do potencial inimigo, afirmou o analista.
Testes de aplicação
Assim, nos últimos anos, os EUA têm expandido sua rede de laboratórios biológicos em redor da Rússia. Países como a Ucrânia, a Geórgia, o Azerbaijão ou o Cazaquistão, não apenas cederam seus territórios para os experimentos do Pentágono, mas também ofereceram agentes biológicos que ainda são conservados como legado da União Soviética sob pretexto de garantir a segurança das antigas repúblicas soviéticas.
"Como os laboratórios biológicos são independentes do país anfitrião, o Pentágono pode realizar experimentos com vírus e bactérias perigosas quase sem controle", frisa o analista.
Basta apenas infetar uma ave durante o período de migração para provocar epidemias como a que explodiu na Sibéria no verão de 2016. Naquele momento, o surto de carbúnculo, que afetou 24 pessoas, foi explicado como consequência do aquecimento global, mas "quem pode assegurar hoje que não se tratou de um ato premeditado?", pergunta o analista.