De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, a medida tomada pelo comando militar e pelo presidente russo Vladimir Putin prevê a realização de manobras conhecidas como Zapad (‘oeste’, em russo), com ações não só em Belarus, mas também no mar Báltico e em Kaliningrado.
“O movimento é parte de um esforço maior do Sr. Putin para reforçar a coragem militar da Rússia, e vem contra o pano de fundo de uma Rússia cada vez mais assertiva”, afirma o jornal, que não vê relação dos exercícios militares na fronteira com as tensões criadas pelas sanções impostas pelos Estados Unidos – e rebatidas pelo Kremlin.
Dentre as unidades presentes estará o lendário Primeiro Exército de Tanques da Guarda, que lutou contra os alemães durante a Segunda Guerra Mundial na Frente Oriental e, eventualmente, em Berlim antes de se tornar parte da força soviética que ocupava a Alemanha.
De acordo com especialistas, embora EUA e Rússia não estejam na iminência de um conflito militar, a iniciativa militar na fronteira tem um caráter de intimidação e alerta ao Ocidente. O medo é que tais exercícios possam causar algum efeito colateral na região, que não se esqueceu do poderio soviético.
“Para esta parcela das manobras de Zapad, uma relíquia da Guerra Fria revivida em 1999 e retida novamente em 2009 e 2013, a Rússia requisitou trens suficientes para transportar 4.000 cargas de tanques e outros equipamentos pesados para e de Belarus”, explica a publicação.
A previsão é de que os exercícios militares em Belarus aconteçam entre os dias 14 e 20 de setembro. Por precaução, os EUA enviarão 600 soldados do país para as nações da região que integram a OTAN e manterá todos os seus militares de prontidão na Polônia.