“Existe a possibilidade de que a Coreia do Norte provavelmente teste suas capacidades nucleares de guerra e mísseis através de um teste nuclear com poder mais explosivo”, disse a pasta em um relatório à Assembléia Nacional da Coreia do Sul.
De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, o ministério informou aos parlamentares do país que o regime comunista está pronto para realizar um novo teste nuclear a qualquer momento, em uma área de testes nucleares no nordeste norte-coreano.
Em setembro do ano passado, a Coreia do Norte conduziu o seu quinto teste nuclear – iniciados em 2006 –, que inicialmente foi interpretado como um tremor de 5,3 graus na escala Richter na península. Considerado o mais forte já realizado por Pyongyang, o teste aconteceu próximo à planta de testes nucleares de Punggye-ri.
O desenvolvimento nuclear é acompanhado pelos avanços norte-coreanos em um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), cujo teste mais recente aconteceu na última sexta-feira – o segundo lançamento de um míssil do gênero em menos de um mês.
Para o ministro de Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo, ainda é cedo para afirmar categoricamente que a Coreia do Norte domine a tecnologia de miniaturização de uma ogiva nuclear, a fim de colocá-la em um ICBM.
“É muito cedo para dizer que o último teste seja uma prova da capacidade de reentrada atmosférica [do míssil norte-coreano]”, completou Song. Da sua parte, Pyongyang garantiu que o seu ICBM pode atingir qualquer parte dos Estados Unidos, tido como seu principal inimigo.
Há ainda a expectativa que o regime de Kim Jong-un conduza em breve testes com mísseis balísticos submarinos, algo que a inteligência norte-americana já detectou.
Pentágono pode reforçar THAAD na Coreia do Sul
O Pentágono informou que está pronto para enviar as partes necessárias para a implementação completa do sistema antiaéreo THAAD na Coreia do Sul. A informação foi prestada nesta segunda-feira pelo porta-voz Jeff Davis.
Após o mais recente teste norte-coreano, o presidente sul-coreano Moon Jae-in ordenou a instalação “temporária” de quatro lançadores adicionais no sistema de defesa THAAD, a fim de aumentar a capacidade defensiva do país ante à ameaça de Pyongyang.
A presença do sistema militar na Coreia do Sul gerou protestos de China e Rússia. Dentro da própria Coreia do Sul o THAAD foi questionado, sobretudo por questões ambientais que não teriam sido respeitadas no processo que levou ao início da instalação no país.