Nos últimos dez anos, os astrônomos descobriram milhares de planetas fora do nosso Sistema Solar, estudando atualmente sua atmosfera para entender se neles pode existir vida.
Mundos infernais
De acordo com os autores do artigo, os cientistas suspeitavam há muito que tais Júpiteres quentes, além das altas temperaturas de sua atmosfera, possuíssem uma estratosfera ainda mais quente.
O problema é que os cientistas não sabiam antes que substâncias ou moléculas podem servir de análogo do ozônio, que é responsável pelo aquecimento da estratosfera da Terra.
Por baixo das nuvens de ferro
Os astrônomos criaram um modelo virtual do planeta e depois passaram a adicionar na atmosfera deste várias substâncias para ver que mudanças causariam.
Graças a este experimento, os pesquisadores provaram que a camada mais alta do WASP-121b é semelhante à estratosfera da Terra, sendo o papel do ozônio desempenhado por duas substâncias — o dióxido de titânio e o pentóxido de vanádio. Por cauda destes a camada mais alta da estratosfera do planeta é 1100-1500 vezes mais quente do que a camada baixa, atingindo as temperaturas de 2700°C, contam os cientistas.
Isso significa que, nesta parte da atmosfera do WASP-121b, o ferro não apenas começaria a derreter-se, mas poderia até "ferver" e se evaporar.
Segundo os astrônomos, as próximas observações deste planeta ajudarão a entender suas peculiaridades e como se formam tais mundos "infernais".