Venezuela: priorize a paz e suspenda a Constituinte, pede o Vaticano

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O Vaticano pediu nesta sexta-feira para que o governo da Venezuela suspenda a instalação da Assembleia Constituinte em prol da paz e do fim da crise que já chega há quase cinco meses no país latino-americano, informou o Escritório de Imprensa da Santa Sé.

“A Santa Sé pede que todos os atores políticos e, em particular o governo, garantam o pleno respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais, bem como pela Constituição existente; Evite ou suspenda iniciativas em curso, como a nova Constituinte que, em vez de favorecer a reconciliação e a paz, fomenta um clima de tensão e confronto e coloca o futuro em jogo”, afirmou a assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com o Escritório de Imprensa da Santa Sé, o Papa Francisco vem acompanhando de perto a crise venezuelana e as suas repercussões, preocupado com a deterioração diária que vem sendo noticiada em todo o mundo. Mais de 120 pessoas já morreram desde o início dos protestos, em abril.

A Assembleia Constituinte foi eleita no último domingo, tendo como missão reescrever a Constituição do país, que vigora desde 1999. A oposição venezuelana, o Mercosul, os Estados Unidos e a União Europeia não reconheceram o resultado, aceito somente por países como a Rússia e a China.

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A empresa responsável pela tecnologia eletrônica do pleito afirmou na quarta-feira que houve manipulação dos resultados, o que foi negado por Caracas. Dois procuradores foram indicados na quinta-feira para apurar as suspeitas.

O presidente Nicolás Maduro prometeu instalar a Constituinte nesta sexta-feira, apesar dos protestos dentro e fora da Venezuela.

Opositor libertado

Ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma voltou à prisão domiciliar nesta sexta-feira, informou a sua mulher na conta oficial do político no Twitter. Opositor de Maduro, ele havia sido preso no início da semana, junto com outro desafeto do presidente, Leopoldo López.

De acordo com a Suprema Corte venezuelana, os dois políticos teriam descumprido as regras que permitiam a ambos cumprirem prisão domiciliar.

Ledezma esteve preso pela primeira vez em fevereiro de 2015, acusado de participar em uma tentativa de golpe de Estado contra Maduro.

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