Os helicópteros têm certas vantagens em comparação com os aviões. Entre suas principais forças figura a capacidade para manobrar e aterrissar em um espaço limitado, mas no que realmente perdem perante seus "irmãos aéreos" é a velocidade, já que o próprio motor não lhes permite se lançarem "a todo o gás".
Projetistas de todos os países se esforçam por melhorar as caraterísticas deste tipo de veículos. Citemos como exemplo o helicóptero americano S-97 Raider. Durante o seu primeiro voo, levado a cabo em maio de 2015, ele foi capaz de alcançar uma velocidade de cruzeiro de 407 km por hora.
Porém, estes planos estão longe de se tornarem realidade, dado que o S-97 Raider precisa de mais modificações, acredita o jornalista da edição digital Zvezda, Viktor Sokirko.
O helicóptero S-97 Raider é um "descendente" direto do seu protótipo X2. Além disso, sua fuselagem é feita totalmente de materiais compósitos, o que reduz seu peso e aumenta as capacidades furtivas. Este modelo, além dos rotores coaxiais, está equipado com um rotor de cauda especial e asas para gerar elevação.
De acordo com os construtores, um helicóptero com estas características seria capaz de desenvolver uma velocidade de mais de 450 km por hora e superar seus concorrentes. Entretanto, não há resultados comprovados a esse respeito e, depois do recente acidente, o projeto deverá permanecer pendurado por alguns anos na fase de desenvolvimento experimental, advertiu Sokirko.
O S-97 Raider está sendo construído na base de um sistema coaxial parecido ao utilizado nos helicópteros russos Kamov, dado que tem dois rotores, um em cima do outro, que giram em sentidos opostos. A velocidade básica deve lhe proporcionar uma torção de empuxo na secção da cauda. Mas a dita velocidade é insuficiente para este helicóptero moderno.
O modelo mais recente da família F de helicópteros multifuncionais, o CH-47 Chinook da Boeing, alcança uma velocidade de 315 km/h e uma distância de 370 km.
Não parece que o novo S-97 Raider americano se converta logo em um veículo de produção em massa. Seus projetistas não se atrevem a o experimentar em combates reais nos territórios afegão ou iraquiano.
"Este 'brinquedo' caro está em fase de provas no território continental dos EUA e os fabricantes não têm pressa de iniciar sua produção. O helicóptero, todavia, nem sequer está voando, mesmo a uma velocidade inferior à prometida", resumiu.
De acordo com o jornalista, este projeto é um grande truque de publicidade que visa os cidadãos comuns, isto é, os contribuintes, e os senadores que alocam enormes somas de dinheiro com tais iniciativas.