Sexo, o tema 'favorito' dos personagens latino-americanos no cinema

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Um grupo de cientistas analisou quase 1.000 roteiros disponíveis nos portais The Daily Script e IMSDb e descobriu como os estereótipos sobre mulheres, raça e envelhecimento são criados e reforçados nos filmes ocidentais.

Para realizar o estudo, os autores, da Escola Viterbi da Universidade do Sul da Califórnia, desenvolveram um método quantitativo que, juntamente com as ferramentas existentes de linguística cognitiva, permitiu analisar mais de 53.000 diálogos destes roteiros e mais de 7.000 personagens.

Os resultados mostraram que os personagens femininos costumam ser "mais positivos e emocionais e também mais relacionados aos valores familiares". Ao mesmo tempo, os atores masculinos tendem a falar de suas conquistas, usar linguagem obscena, e falar da morte. Os personagens afro-americanos costumam pronunciar mais palavrões, enquanto os latino-americanos falam de sexo e de sexualidade com mais frequência.

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Para além disso, quanto mais velho é o herói, mais ele menciona a religião. O estudo demonstra também que, nos filmes, os personagens masculinos falam duas vezes mais que os femininos.

Também foram estudadas as equipes de produção dos filmes. Neste caso, os homens também ultrapassam numericamente as mulheres. Assim, os diretores-homens têm 12 vezes mais probabilidades de fazer filmes, os roteiristas-homens têm sete vezes mais probabilidades de participar de projetos e há três vezes mais produtores masculinos do que femininos.

O estudo foi publicado na revista da associação científica Association for Computational Linguistics (ACL).

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