O dragão levanta voo: China está a ponto de entrar no clube das potências nucleares

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A China já conta com mísseis nucleares que são capazes de alcançar objetivos a uma distância de 14.000 km. Agora, o gigante asiático busca como tornar seu arsenal atômico invulnerável perante um primeiro ataque.

Pequim tenta entrar no clube das superpotências nucleares. Embora haja vários países que contam com este tipo de armas, também é certo que poucos têm à sua disposição a chamada tríade nuclear: a capacidade de realizar ataques nucleares a partir do solo, mar e ar. Esta tríade é essencial na hora de assegurar uma resposta ao primeiro ataque por parte de um inimigo com consequências iguais ou mesmo superiores.

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Recentemente, a prestigiada revista militar Jane's Defence Weekly publicou um artigo no qual analisou as fotos de submarinos chineses do tipo 032, que dispõem de lançadores para mísseis intercontinentais. Segundo os especialistas, estes sistemas são destinados a testar os mísseis balísticos JL-3, com os quais se planeja equipar posteriormente os submarinos de propulsão nuclear da nova geração do tipo 096.

"Pela primeira vez na história, o arsenal nuclear da China será invulnerável a um primeiro ataque. Este é o último passo de Pequim para assegurar uma resposta nuclear garantida", destacou a edição.

​Estima-se que o míssil JL-3 seja na verdade uma modificação "naval" do DF-41 terrestre. Este último possui um alcance de 13.000-15.000 km e é capaz de transportar até 10 ogivas nucleares simultaneamente. Cada uma dessas ogivas nucleares porta uma carga de meia megaton, sendo cerca de 40 vezes mais potente que a bomba lançada pelos EUA sobre Hiroshima.

Hoje em dia, apenas a Rússia e os EUA possuem armamento com capacidades similares.

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A capacidade das forças nucleares de um país para sobreviverem ao primeiro golpe e para realizar um contra-ataque são os fatores principais para entrar no clube de verdadeiras superpotências nucleares. Isto permitirá a Pequim não apenas garantir sua soberania, mas também influenciar os acontecimentos globais.

Uma prova do desejo da China de garantir um lugar no mundo poderia ser a recente abertura de sua base no primeiro país estrangeiro, Djibuti. Os navios chineses no Mar Báltico, onde participaram em exercícios conjuntos com a Marinha russa, também apontam para as ambições do gigante asiático.

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