Seu crescente poder, além dos seus avanços militares e o desejo de mostra-los, recentemente se converteu em uma tendência para o gigante asiático.
De acordo com o especialista, todo o mundo já se deu de conta de que na região asiática ocorreu uma grande mudança no equilíbrio de poder.
Particularmente, a China já é o segundo poder naval mais potente no mundo no que se refere à frota de superfície, enquanto o atraso tecnológico em relação aos países ocidentais se reduziu ao mínimo.
"Está claro que se investe muito na capacidade do exército de levar a cabo operações a nível global por todo o mundo. Com a passagem do tempo, aumentará a atenção ao potencial bélico chinês", sublinhou Kashin.
Ademais, recordou que desde os anos 2000, as Forças Armadas chinesas têm participado de várias competições militares a nível internacional, inclusive na Rússia. Esta participação fez com que os militares chineses ganhassem acesso à experiência estrangeira e estabelecessem novos contatos.
Do ponto de vista do especialista, os soldados chineses conseguem demonstrar um alto nível de formação e motivação, buscando "ocupar o primeiro lugar a todo o custo".
Além de tudo, a participação do exército chinês das competições internacionais é um sinal do crescente nível da democracia militar no país.
Desta maneira, o país "planeja estabelecer contatos mais estreitos com os países com os quais já tem boas relações políticas", frisou Kashin.
"Também podemos ver que as autoridades chinesas buscam organizar mais desfiles militares. Por isso, está sendo acumulada a experiência de como os outros países fazem", concluiu, citando esta última parada militar como exemplo de evento deste tipo.