Em entrevista à Sputnik Brasil, Beatriz explicou melhor como surgiu essa ideia e de que forma a informação pode ser utilizada para combater esse tipo de violência, destacando as peculiaridades do caso do Brasil, onde essa discussão ainda não amadureceu.
Pelo fato de o Brasil não sofrer com problemas de ataques terroristas, o assunto do extremismo no país, segundo a jornalista, acaba recebendo bem menos atenção do que deveria, embora a realidade brasileira não seja tão distante assim da de outras partes do mundo.
"Na semana passada mesmo, nós tivemos um exemplo aqui de ataque a um refugiado", destacou, se referindo ao cidadão sírio Mohamed Ali Abdelmoatty Ilenavvy, vítima de insultos no Rio de Janeiro. "É uma coisa da qual não estamos completamente livres. Então, temos que discutir a questão do extremismo, temos que trazer isso para a universidade, que é o que eu pretendo fazer no futuro também".
De acordo com Beatriz Buarque, a importância da guerra travada no setor da comunicação já ficou evidente até para as organizações terroristas, como o Daesh, que paga os maiores salários para os profissionais de mídia que estão a serviço do grupo. Ela acredita que a resistência a essa propagação do ódio deve ser feita com base na mesma ferramenta, a informação.
"Tem que ter um trabalho de contranarrativa ao ódio. Se tem uma narrativa de ódio, tem que ter uma narrativa desconstruindo isso."
O portal Words Heal The World, com apoio da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, apresenta em cinco línguas uma lista das instituições que combatem o extremismo por países. Lá, é possível descobrir o que cada uma delas tem feito nessa área, se informar sobre atividades e eventos e também sobre formas de contribuição.