De acordo com a denúncia, os funcionários da embaixada teriam sido alvo deste tipo de ataques desde os finais de 2016 e, como consequência, as pessoas afetadas sofreram sérios problemas de saúde.
"Quando li a notícia pela primeira vez, dei uma risada. Voltei a lê-la de novo e ri outra vez. Se isso tivesse sido publicado sobre qualquer outro país do mundo, morreria de tanto rir mas, como se trata dos EUA, o mundo leva isso a sério", revelou à Sputnik Mundo Jorge Casals, ex-diretor do Instituto de Relações Internacionais de Cuba.
"Não faz sentido nenhum para Cuba querer prejudicar audição dessas pessoas. Com os EUA deve se ter muito cuidado: gente com muito poder e meios de comunicação repetem essas tolices para conseguir seus interesses", acrescentou.
A nota avançada a 9 de agosto pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba desmente qualquer participação cubana em "incidentes que teriam causado sintomas físicos" a vários diplomatas americanos. Mesmo assim, Washington expulsou dois diplomatas cubanos, decisão vista por Havana como "injustificada e infundada".
"Sem dúvida nenhuma há alguma intenção por trás dessa denúncia ridícula. A chancelaria dos EUA é chefiada por um indivíduo (Rex Tillerson) que não é diplomata e o próprio presidente Trump pouco sabe de diplomacia. Dessa administração [dos EUA] se pode esperar qualquer coisa", indicou Casals.
Segundo a rede CNN, durante muitos anos os diplomatas americanos em Havana se queixavam de sofrer intimidações por parte dos funcionários cubanos, como violações de seus automóveis e domicílios. Entretanto, após o restabelecimento das relações entre os EUA e Cuba em 2015, as denúncias de assédio cessaram.
"O incidente ocorrido em maio trouxe efeitos só em agosto. Porque não foi denunciado antes? O Che (Guevara) nos alertou uma vez: não se pode confiar no imperialismo nem um tantinho assim", concluiu o professor cubano.