"Eu espero que não", respondeu Lavrov à pergunta de uma participante do fórum russo Territoriya Smyslov (Território dos Significados em português) se poderá acontecer mais alguma "revolução colorida" no território dos países pós-soviéticos.
"Porque ainda não houve nenhuma experiência de alguma chamada revolução colorida que tivesse melhorado a vida. Não é apenas em relação aos países pós-soviéticos, mas também em outras regiões do mundo, onde forças externas tentam derrubar o governo e apoiar a oposição. Eu acho que a experiência da última década, ou 15 anos, revela que os próprios povos têm começado percebendo isso, depois de se tornarem, eu peço desculpas, em cobaias nesses planos", esclareceu a sua posição o ministro russo.
Mas ele sublinhou também que ninguém desiste desses planos. "Eu já expliquei como em cada país a embaixada norte-americana tenta ativamente influenciar, principalmente a oposição. Os estadunidenses têm uma filosofia especial: mesmo quando eles consideram legítimo algum governo e não têm nada contra ele, o continuam mantendo sob pressão, mostrando que eles colaboram com a oposição. É uma teoria do caos controlado em miniatura, quanto mais a situação ferve, mais fácil é para os norte-americanos observar esse caldo e o temperar do jeito que acham melhor", explicou Lavrov.