De acordo com o especialista, as sanções do Congresso preveem várias restrições à concessão de crédito às empresas russas pelos bancos norte-americanos. Sem dúvida, isso afetará os empresários russos. Mas, por outro lado, a comunidade empresarial russa começará a recorrer a entidades bancárias não ocidentais.
Mesmo que as empresas russas sofram dificuldades devido à imposição de sanções, por exemplo, perdendo os contratos em projetos relacionados com a exportação de hidrocarbonetos para a União Europeia, essas mesmas sanções também podem significar uma oportunidade para o país.
"Washington abriu para a Rússia a janela de oportunidades. Agora cabe às autoridades russas aproveitá-las", disse o especialista.
A história se repete, mas só até certo ponto
Vários economistas alertam que hoje se observa um paralelismo entre a pressão sobre a Rússia nos anos 1980, quando Washington também utilizou sanções e manipulações nos preços do petróleo. Essas medidas contribuíram para o colapso da economia da União Soviética.
"Nos anos 1980 a economia norte-americana estava em alta, mas hoje em dia o país se encontra em crise. Mais do que isso, estão surgindo tensões entre diferentes grupos de influência do 'establishment' norte-americano. Alguns deles não estão interessados no confronto com a Rússia ou, por exemplo, com a China", sublinhou Lepekhin.
No fim de julho, o Congresso adotou novas sanções contra a Rússia, a Coreia do Norte e o Irã, que foram assinadas por Donald Trump em 2 de agosto. O documento inclui uma série de medidas restritivas em relação a diferentes setores da economia russa, incluindo a mineração, indústria automóvel, bancos, empresas energéticas.