A publicação do Global Times surgiu depois que Donald Trump afirmou que a Coreia do Norte "vai receber fogo e fúria como o mundo nunca viu".
As declarações de Donald Trump provocaram uma resposta quase imediata de Pyongyang. Horas depois, o governo de Kim Jong-un anunciou um plano para atacar com mísseis balísticos a ilha de Guam, onde se encontram estruturas militares dos EUA, e depois a base aérea de Andersen na mesma região, que acolhe os bombardeiros estratégicos B-52.
Mas o acordo de amizade, cooperação e ajuda recíproca entre a China e a Coreia do Norte não será acionado caso seja a Coreia do Norte a iniciar um conflito.
Os países grandes e influentes, como a China e a Rússia, são, sem dúvida, contra o início de qualquer conflito aberto em torno da Coreia do Norte, porque ele vai afetar toda a região. O especialista assinala que tal posição da China e da Rússia não significa que os dois países sejam "padrinhos" da Coreia do Norte, eles simplesmente não aprovam a agressão militar dos EUA.
O especialista Konstantin Asmolov, do Instituto do Oriente Médio, considera que a matéria em questão do Global Times expressou a posição da China: Pequim "irá punir todos que agravarem a tensão na península Coreana".
"O que agora está acontecendo na mídia norte-americana é semelhante aos acontecimentos que precederam a guerra no Iraque. A guerra começou com o lema de que os EUA devem levar a democracia para o povo iraquiano", disse o especialista, acrescentando que naquela altura "o tirano sangrento" era Saddam Hussein, que alegadamente teria armas químicas. O mesmo roteiro parece já ter sido preparado para a Coreia do Norte.