"É possível que por trás das publicações em tabloides sobre este tema estejam alguns interesses comerciais. Já ouvimos dizer que a demanda por instalações subterrâneas como bunkers cresceu notavelmente. E está claro a que se deve: os líderes dos EUA e da Coreia do Norte veem trocando declarações muito duras", disse à Sputnik Nikolai Topornin, professor do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO).
Ao mesmo tempo, continua o especialista, "há um certo fundamento para tais publicações alarmistas".
"Há pouco, na imprensa apareceu a informação de que o exército dos EUA tem um plano de efetuar ataques pontuais contra instalações de produção nuclear e relacionadas às tecnologias de mísseis na Coreia do Norte", explicou.
O especialista sublinhou que, por enquanto, "não se trata de um conflito nuclear em grande escala".
"Mas, ao mesmo tempo, não se pode excluir a possibilidade de um conflito com uso de armas convencionais. Além disso, os líderes dos dois países fazem declarações muito duras. Podemos constatar que os EUA e a Coreia do Norte estão atravessando agora uma fase muito 'quente'", advertiu.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un ameaçou tomar "ações físicas" contra os Estados Unidos depois do Conselho de Segurança ter aprovado novas sanções econômicas contra Pyongyang.
O presidente norte-americano, Donald Trump, por sua parte, respondeu que a Coreia do Norte receberá "fogo e fúria" sem precedentes caso continue ameaçando os EUA.