Ao invés de outros tipos de supernovas, como resultado desta explosão pelo menos uma estrela desaparece completamente e é substituída por uma nuvem quente e brilhante de plasma incandescente e vários metais pesados. Esta nuvem continuará brilhando por milhares de anos antes de esfriar e se apagar definitivamente.
Griffin Hosseinzadeh, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, e seus colegas descobriram o primeiro caso fidedigno de que a onda de choque, originada por tais supernovas, colide não apenas com sua própria matéria, mas também com a estrela vizinha quando observaram a supernova SN 2017cbv. Ela explodiu em março deste ano na galáxia NGC 5643, na constelação de Lupus, a uma distância de cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra.
"Há muito tempo que tentávamos encontrar esse show espacial — uma colisão de erupções de uma supernova com a estrela vizinha, cujas consequências foram previstas ainda em 2010. Os sinais de tais cataclismos já existiam antes, mas agora temos provas irrefutáveis que isso acontece realmente", disse Griffin Hosseinzadeh.
Os cientistas esperam entender, com as próximas observações de supernovas nas primeiras horas depois da colisão, o que ocorre com a estrela restante e como muda sua aparência e propriedades físicas após a parceira ter morrido.