No entanto, não pode ser excluída a possibilidade de estes documentos terem acabado por cair nas mãos dos norte-coreanos. Eles poderiam ter conseguido o que desejavam de alguma maneira "informal".
"Vocês imaginam que dinheiro e que cargos podem estar envolvidos nisso? E agora um simples engenheiro está contando sobre isso. Podem perfeitamente me eliminar como uma simples mosca", diz o ex-funcionário.
No entanto, ele duvida que a Coreia do Norte tenha usado motores fabricados na Ucrânia. Em vez disso, considera que Pyongyang comprou os documentos técnicos e usou os serviços de engenheiros e outros especialistas.
"Eles compartilharam seus conhecimentos e experiência, eu sei, alguns deles até visitaram a Coreia do Norte. Os especialistas ucranianos precisavam disso, eles estavam sem dinheiro", explicou Murakhovsky.
Contudo ele destacou que ainda é muito cedo para tirar conclusões finais, pois se trata apenas de suposições.
Anteriormente o jornal The New York Times, citando dados secretos da inteligência norte-americana e uma investigação do especialista Michael Elleman do International Institute for Strategic Studies, havia informado que a Coreia do Norte recebeu através do mercado negro motores de mísseis produzidos pela fábrica ucraniana Yuzhmash.
"Estou seguro de que nenhum dos nossos funcionários está envolvido nisso. Nossos motores são conhecidos e usados por todo o mundo. É possível que eles tenham conseguido fazer algumas cópias", disse Degtyarev ao Strana.ua.
Alguns incidentes com norte-coreanos e ucranianos apontam que nenhuma versão pode ser excluída. Por exemplo, em 2009 na Tailândia foi detido um avião com 35 toneladas de armas norte-coreanas com destino a Kiev e depois ao Irã.