Sem Trump e com desmatamento na Amazônia: Mercosul e UE querem cumprir Acordo de Paris

© Wilson dias/Agência Brasil/Fotos PúblicasDesmatamento voltou a crescer na Amazônia nos dois últimos anos
Desmatamento voltou a crescer na Amazônia nos dois últimos anos - Sputnik Brasil
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O Mercosul e a União Europeia pretendem cumprir o Acordo de Paris - mesmo com a saída do Estados Unidos do acordo global. Representantes dos dois blocos reuniram-se em Brasília nesta segunda e terça-feira (16) para discutir possíveis parcerias para cumprir as metas do Acordo de Paris.

O acordo climático estabelece um compromisso de não deixar o aquecimento global ultrapassar 2°C até o fim do século, oferece ajuda financeira a países pobres para reduzir as emissões de gases estufa e cooperação internacional para lidar com os impactos da mudança climática.

Brasil

Apesar do Brasil ser um membro fundador do Mercosul, o país não está em condições de oferecer lições de política ambiental no momento. 

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O desmatamento na Amazônia Legal cresceu 29% em 2016, na comparação com 2015. Foram mais de 7 mil quilômetros quadrados desmatados — a maior marca desde 2008. Os números são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

A situação fez com que países como Alemanha e Dinamarca, que contribuem para o projeto de preservação ambiental Fundo da Amazônia, questionassem Brasília, segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl.

"No âmbito doméstico, é muito difícil, o Brasil está se expondo cada vez mais pelos retrocessos que estamos observando, infelizmente, na desconstrução da nossa legislação socioambiental", afirma Rittl.

O membro do Observatório do Clima afirma que medidas em discussão pela classe política brasileira, como a retirada de direitos dos povos indígenas, legalização de ocupação em terras públicas e áreas protegidas e a anistia de dívidas de produtores rurais demonstram um retrocesso na política ambiental nacional.

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Rittl afirma que a situação é preocupante, mas a atitude de Trump causou reações na sociedade estadunidense. Prefeituras, governos e empresas anunciaram que irão tomar medidas para deter as mudanças climáticas. Além disso, outros países, como China e Índia, investem de maneira decisiva em energias renováveis.

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