EUA e China estabelecem mecanismo de diálogo militar para reduzir 'erros de cálculo'

© AP Photo / Andy WongBandeiras nacionais dos EUA e da China
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Washington e Pequim acordaram em melhorar sua comunicação militar a fim de reduzir as possibilidades de qualquer "erro de cálculo" no meio da crise em torno da Península da Coreia e outros assuntos sensíveis entre ambas as potências.

O mecanismo de diálogo estratégico foi firmado pelo presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Joseph Dunford, e seu homólogo do Exército de Libertação Popular, o general Fang Fenghui.

"Para ser honesto, temos muitos problemas complicados nos quais não temos necessariamente as mesmas perspectivas", afirmou Dunford durante a assinatura do acordo bilateral. "Mas […] eu sei que compartilhamos uma coisa: compartilhamos o compromisso de trabalhar para superar estas dificuldades", acrescentou o general estadunidense, segundo o comunicado oficial

Comunicação direta

O mecanismo foi projetado para melhorar os processos de mitigação da crise e proporcionar um canal de "comunicação direta" entre os líderes do Pentágono e do Exército chinês, através do qual se pretende "reduzir o risco de erros de cálculo", afirmou a Defesa estadunidense. O acordo prevê também diálogos face a face entre os militares, o primeiro dos quais está agendado para novembro do ano corrente.

​"O exército chinês está disposto a empreender esforços com os EUA para fortalecer a comunicação estratégica, aumentar a confiança estratégica mútua, aprofundar a cooperação prática, resolver adequadamente os problemas e disputas, gerir e controlar os riscos de uma maneira efetiva", indicou por sua vez Fang, citado por Reuters

Tensões entre as potências 

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As tensões em torno da Península da Coreia estão entre os pontos de discussão. A China tem sofrido pressões estadunidenses para que intervenha na questão dos programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. Pequim condena a implantação do sistema de defesa antimíssil THAAD na Coreia do Sul.

Durante a reunião, Fang comentou que ambos os líderes militares discutiram também a situação sobre a Taiwan, uma ilha considerada pela China como parte do seu território, bem como as disputas no mar da China Meridional. O general chinês acrescentou que a cooperação entre as duas forças armadas é a única opção correta para que as tensões entre ambos os países não se tornem uma confrontação militar.  

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