O mecanismo de diálogo estratégico foi firmado pelo presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Joseph Dunford, e seu homólogo do Exército de Libertação Popular, o general Fang Fenghui.
"Para ser honesto, temos muitos problemas complicados nos quais não temos necessariamente as mesmas perspectivas", afirmou Dunford durante a assinatura do acordo bilateral. "Mas […] eu sei que compartilhamos uma coisa: compartilhamos o compromisso de trabalhar para superar estas dificuldades", acrescentou o general estadunidense, segundo o comunicado oficial.
Comunicação direta
O mecanismo foi projetado para melhorar os processos de mitigação da crise e proporcionar um canal de "comunicação direta" entre os líderes do Pentágono e do Exército chinês, através do qual se pretende "reduzir o risco de erros de cálculo", afirmou a Defesa estadunidense. O acordo prevê também diálogos face a face entre os militares, o primeiro dos quais está agendado para novembro do ano corrente.
Chairman of @thejointstaff Gen. Dunford signed an agreement with #China to improve military communications: https://t.co/PAXChiI4Hl pic.twitter.com/d8n5433zcN
— U.S. Dept of Defense (@DeptofDefense) 15 de agosto de 2017
"O exército chinês está disposto a empreender esforços com os EUA para fortalecer a comunicação estratégica, aumentar a confiança estratégica mútua, aprofundar a cooperação prática, resolver adequadamente os problemas e disputas, gerir e controlar os riscos de uma maneira efetiva", indicou por sua vez Fang, citado por Reuters.
Tensões entre as potências
Durante a reunião, Fang comentou que ambos os líderes militares discutiram também a situação sobre a Taiwan, uma ilha considerada pela China como parte do seu território, bem como as disputas no mar da China Meridional. O general chinês acrescentou que a cooperação entre as duas forças armadas é a única opção correta para que as tensões entre ambos os países não se tornem uma confrontação militar.