"Mesmo que os norte-americanos fornecessem gás natural liquefeito à Europa até gratuitamente eles não teriam capacidades suficientes para substituir os fornecimentos russos", disse Chizhov ao serviço russo da rádio Sputnik.
Ele nomeou três razões por que os EUA não poderiam constituir alternativa aos fornecedores de gás russos.
"Nos EUA hoje em dia existe apenas um terminal de carga de gás natural liquefeito para exportação, na Louisiana. Eles planejam construir mais meia dúzia de terminais em diferentes partes do país, mas, em primeiro lugar, isso levará muito tempo. Em segundo lugar, poderão não ter gás suficiente. Em terceiro lugar, na Europa não há terminais suficientes que possam aceitar gás liquefeito e não há muitos navios-tanque para transportá-lo", explicou Chizhov.
Berlim chamou as novas sanções de ilegais, sublinhando que através delas Washington quer lidar com os seus concorrentes e começar a fornecer o seu gás à Europa. Segundo Chizhov, graças aos esforços da UE, os EUA levantaram as sanções de vários projetos energéticos com a Rússia: na variante final do documento o limite de participação russa nos projetos foi elevado de 10 para 33 por cento.
Os EUA estão aumentando a sua quota de mercado na UE. A quota de gás natural liquefeito norte-americano na importação total de gás da União Europeia no primeiro trimestre de 2017 foi de seis por cento, aumentando 10 vezes em comparação com os dados de 2016. No primeiro trimestre de 2017 os EUA se tornaram o sexto maior fornecedor de gás natural liquefeito à União Europeia.