A Sputnik Brasil conversou com exclusividade com o médico italiano radicado no Brasil, Dr. Marco Collovati, que é o responsável pelo desenvolvimento e concepção do Action e Presidente da empresa OrangeLife. Ele comentou o fato de que com esse rápido autoteste é possível fazer o diagnóstico precoce da doença e assim dar início ao tratamento de forma mais rápida. Ele destacou ainda a importância do teste para o Brasil no âmbito internacional.
"Pela primeira vez o Brasil terá a oportunidade e a possibilidade de colocar um autoteste de HIV à disposição da população, isso é muito importante porque em outros países, como EUA, Canadá, Inglaterra, França isso já acontece […] estamos um pouco atrasados, mas agora estamos no grupo dos países mais desenvolvidos e que mais estão fazendo ações no combate ao HIV", observou o especialista.
Marco Collovati ressaltou que é importante lembrar que a presença do HIV só pode ser confirmada 30 dias depois da exposição ao vírus, seja ela por relação sexual, transfusão de sangue, compartilhamento de seringas ou demais formas de transmissão do HIV. Esse período é o tempo que o organismo precisa para produzir anticorpos em níveis que o autoteste consiga detectar.
Se o resultado for negativo, a recomendação é que o teste seja repetido 30 dias depois do primeiro teste e outra vez após outros 30 até completar 120 dias da primeira exposição.
A previsão é que o autoteste seja comercializado em todo o território nacional até o fim de agosto e o preço médio que será comercializado será entre 80 e 90 reais.
Estima-se que o Brasil tenha 827 mil pessoas com o vírus, sendo que 45% delas, ou seja 372 mil pessoas, ainda não estão em tratamento. Desse total, 260 mil sabem que têm o vírus, mas 112 mil pessoas vivem com HIV e ainda não sabem.