A especialista russa Natalia Makeeva é de opinião que o Ocidente considera a Ucrânia com um instrumento em sua oposição à Rússia.
"Isto vai ajudar a aperfeiçoar o profissionalismo dos oficiais da Marinha de ambos os nossos países para evitar as duplicações em planejamento e coordenação dos exercícios militares", disse o capitão ucraniano Andrei Ryzhenko comentando os exercícios realizados Sea Breeze.
Em uma entrevista à Sputnik, a vice-diretora do Centro de Estudos Geopolíticos, Natalia Makeeva, disse que a Ucrânia continua sendo uma ferramenta do Ocidente em sua oposição à Rússia.
"Kiev mostra mais uma vez que a Ucrânia como Estado é considerada pelo Ocidente como uma parte do ‘projeto antirrusso' e não como um Estado soberano, como um tipo de zona-tampão dependente e diretamente controlada pelos EUA.
Os ucranianos comuns não vão beneficiar em nada com isso, mas Kiev continua fazendo tudo para tentar agradar a Washington, e a criação planeada do cento de doutrina e táticas da OTAN é uma importante prova disso", disse Makeeva.
Em entrevista à Sputnik, o diretor do Instituto ucraniano de Análise Política e Gestão, Ruslan Bortnik, sublinhou que a visita de Mattis é um sinal do apoio dos EUA para Kiev.
O chefe do Pentágono tenciona também efetuar o controlo dos fundos que Washington concedeu aos ucranianos para fins militares.
Recentemente em Agosto, a Marinha dos Estados Unidos começou a construção de um importante centro de operações marítimas na Ucrânia, perto da cidade de Ochakov, que servirá para planejar e comandar os futuros exercícios militares a realizar no país eslavo.
O Kremlin, por sua vez, chamou os relatos recentes de "intenções geopolíticas" e frisou que a postura de Moscou quanto a este assunto não mudará, pois acredita que as entregas de armas a Kiev levariam a uma escalada do conflito no leste da Ucrânia.