Uma saída repentina das Forças Armadas estadunidenses do país asiático seria um erro e daria mais força aos terroristas, declarou o presidente falando na base militar de Fort Myers, na Virginia.
Além disso, o presidente norte-americano declarou que as competências dos militares estadunidenses no Afeganistão serão aumentadas.
"O pior ataque terrorista da nossa história de 11 de setembro foi planejado e dirigido a partir do Afeganistão, pois esse país era governado por autoridades que abrigavam os terroristas", sublinha o presidente dos EUA.
Atualmente, os EUA mantêm no Afeganistão um contingente militar que atinge cerca de 8.400 militares, mas o Pentágono recomenda enviar mais 3.900 militares ao país. Mas no futuro, os EUA não planejam revelar ao público informações ligadas ao número de seus militares envolvidos na luta contra o terrorismo.
Segundo dados oficiais do Pentágono, os EUA perderam 2.264 militares e civis, mais de 20 milhares de norte-americanos foram feridos nesse país.
A nova estratégia dos EUA no Afeganistão não ficou sem atenção e o serviço russo da Rádio Sputnik obteve um comentário sobre o assunto do especialista político Mikail Sinelnikov-Orishak.
"É necessário acordar Trump urgentemente — ele, aparentemente, deixou passar tudo o que é interessante dormindo. Um dos objetivos dos EUA era a luta contra a Al-Qaeda e Osama bin Laden [seu chefe]. Quem eram eles naquele tempo senão terroristas?", destaca o especialista.
Segundo as palavras do especialista, essa ignorância "foi demonstrada quando o presidente dos EUA ordenou atacar o território afegão com a bomba superpotente". Ao mesmo tempo, o cientista político acredita que Trump não percebe a estranheza dessa ação, quando o "Estado mais avançado do mundo utiliza sua bomba superpotente contra um país da Idade Média (oficialmente o Afeganistão vive no ano de 1396)".
Entretanto, o especialista chama atenção para a maneira estadunidense de conduzir a guerra no Afeganistão:
"A estrutura das forças lá colocadas é muito interessante…. Mas uma das artimanhas é que os combates no Afeganistão são realizados por empresas militares privadas."
O especialista explica que essas empresas são responsáveis pelas operações militares mais importantes e por esta razão o Pentágono oficialmente não sofre muitas baixas (as baixas oficiais parecem pequenas).
O especialista também considera interessante a futura reação do Talibã quanto à nova estratégia dos EUA, mas como já se sabe o movimento talibã ameaçou os EUA de transformar o Afeganistão em um "cemitério para os militares estadunidenses".