De acordo com a investigação jornalística realizada pelo Expresso, as autoridades portuguesas foram surpreendidas pela presença militar estrangeira no território nacional.
O gabinete do ministro da Defesa de Portugal deixou as perguntas do jornal sem resposta. O objetivo era saber se essa presença tinha sido autorizada pelas autoridades portuguesas. O Estado-Maior do Exército e o Estado-Maior-General das Forças Armadas de Portugal também não esclareceram o assunto.
Embora aparentemente os militares estivessem ajudando os bombeiros portugueses, o que significa que sua presença não era puramente militar, os deputados queriam esclarecer o assunto, porque não era claro se foi feita alguma averiguação por parte dos militares portugueses. Porém, a inquirição dos deputados não foi satisfeita.
Outras fontes do Expresso, que pediram anonimato, afirmaram que a falta de informações causou problemas na coordenação das ações para combater o fogo em Pedrógão Grande.
Não obstante, João Soares do Partido Socialista (PS), também dessa delegação parlamentar, garantiu que "não vi, nem ouvi nada acerca disso", sublinhando ao mesmo tempo que a entrada do contingente estrangeiro no pais deve ser autorizada.
O Expresso revela que em 19 de junho até bombeiros galegos foram proibidos de entrar no território português, a proibição foi explicada pelo fato de que a ajuda de especialistas que não conhecem o terreno não seria aconselhável. Mais tarde naquele dia, as autoridades anunciavam a chegada de 80 bombardeiros espanhóis, 40 dos quais da Galiza, para ajudarem a combater o fogo em Góis.