Durante a confrontação americano-soviética era comum os países criarem diversos transtornos: isso fazia parte da tática empregada por ambos os lados, escreve o The Times. Assim, a decisão dos EUA de criar obstáculos, impedindo os russos de obterem vistos de turista para os EUA, relembra muito o período da contenda ideológica entre os dois regimes.
Antes do seu colapso há 26 anos, a União Soviética havia tentado tornar insuportável a vida dos ocidentais. Os primeiros a serem afetados eram os jornalistas, diplomatas e empresários. Os EUA e seus aliados respondiam reciprocamente.
A necessidade de garantir a segurança forçava a tomar uma série das medidas, tais como a vigilância de pessoas. Moscou se empenhava em espiar os cidadãos dos países ocidentais e suas famílias. Em Washington, Londres e outras capitais ocidentais os funcionários soviéticos também eram alvo de vigilância, embora essa não fosse tão rigorosa.
No intuito de intimidar os estrangeiros, a KGB (serviço secreto da URRS) recorria frequentemente à violência, causando danos à sua propriedade, por exemplo batia nos carros. Os serviços secretos ocidentais utilizavam métodos semelhantes, mesmo que ninguém o tivesse reconhecido formalmente.